domingo, 30 de maio de 2010

Aerosmith: sinônimo de rock e jovialidade


Depois de muito, mas muito tempo sem escrever, estou de volta para tentar passar um pouco do que eu senti no melhor dia da minha vida, dia 29 de maio de 2010, quando a banda Aerosmith subiu no palco e tocou o rock que eu tanto conheço e aprecio. O texto será uma mistura de estudante jornalismo com grandes toques de fã da melhor banda (eu disse que o lado fã ia se aflorar, rs).

O dia foi longo, cheguei no estádio do meu arqui-inimigo às 17:35 da tarde (o que eu não faço pela banda). Sim, cheguei cedo a espera foi longa e pra ''colaborar'' o DJ era péssimo e mandou muitas músicas ruins, no qual nem vale citar para não estragar a imagem do hard rock poderoso do Aerosmith. Antes dos hoje avôs maus de Boston se apresentarem, teve o show de abertura da banda Cachorro Grande, um show que serviu de aperitivo pro que estava para vir depois. Muitos fãs queriam que o show acabasse logo, mas confesso que o repertório foi bem escolhido e eles souberam executar muito bem as músicas. Com o término do show a apreensão tomou conta de praticamente todo o público presente, afinal, o Aerosmith estava há poucos minutos de subir no palco e prestes a fazer uma apresentação épica. Pouco mais de 21:30 abaixaram-se as enormes cortinas com o símbolo da banda e ouviu-se a música de Bob Dylan (a mesma que serviu de introdução ao show de Poa, RS), que diz ''everybody must get stoned'' ou simplesmente ''todos ficarão chapados'', o público foi à loucura. O show estava para começar, e ouviu-se os primeiros acordes de Eat the Rich, o estádio inteiro entrou em estado de euforia e o mesmo aumentou quando as cortinas caíram e a banda pode ser vista por mais de 35 mil pessoas que lotaram o estádio. O grupo surpreendeu positivamente muitos -inclusive eu- por começar o show optando pelo clássico Eat the Rich (1993), esta música é realmente um petardo, e mostrou toda a competência da banda, com solos marcantes, bateria pesada e o vocal inconfundível de Mr. Steven Tyler. E lá estava eu na cadeira coberta, cantando, gritando e acompanhando a incrível performance da banda. Back in the Saddle foi a próxima música a ser executada, o que fez com que os fãs cantassem a música com êxito. Para mim foi uma grande surpresa, pois foi a primeira vez que a banda tocou uma música do clássico Rocks, de 1976. O show seguiu com Love in An Elevator, clássico do álbum Pump conhecido por muitos, e este foi o início de uma grande 'tempestade' de músicas em que o público cantou e agitou, seguidas por Falling in Love (Is Hard on the Kness), Pink, Dream On e Jaded. Se o público não decepcionava, tampouco a banda o fez, a banda estava fazendo o seu papel perfeitamente e todos os integrantes da banda esbanjavam saúde de sobra durante a apresentação. É fato citar que durante esta pequena tour de músicas famosíssimas da banda, o público mais teen e fãs recentes da banda explodiram de tamanha empolgação, cantando os clássicos e causando êxtase total, mas nada que superasse o belíssimo momento em que Dream On foi executada, celulares e isqueiros ligados, mãos para o alto, coro e muitos, muitíssimos gritos eufóricos saíam das gargantas dos inúmeros fãs. Com o término de Jaded, Steven disse algumas breves palavras, dizendo que a próxima música que eles iriam tocar seria do álbum Draw the Line, e sim, EU comecei a gritar e pular quando ouvi a introdução do clássico Kings and Queens (mais uma surpresa proporcionada), balada medieval e nada melosa que mostrou um Aerosmith vigoroso e que não esqueceu dos clássicos que o fizeram tornar a banda que é hoje. Foi engraçado e um tanto triste notar que muitos ali não conheciam a belíssima canção que foi lançada em 1977. O ápice de êxtase tomado por mim foi graças a essa canção, procurei voz para conseguir cantar junto com a banda, mas a total rouquidão não me impediu de fazê-lo. Após o final da música, o público aplaudiu com total respeito à grandiosíssima música que foi executada com sucesso pelo quinteto. O enlevo veio à tona com a execução das músicas seguintes, Crazy e Cryin', clássicos absolutos da banda lançados em 1993 no álbum Get a Grip, que estabeleceu novamente o Aerosmith no topo do mundo da música, onde todos, jovens, idosos e crianças cantaram, espernearam e com certeza lembraram da infância, adolescência graças a esses clássicos da banda. Fato cômico a ser ressaltado foi o momento que foi jogada uma calcinha vermelha no palco, e Steven brincou, colocando-a no microfone de Joe Perry. Após o fim de Cryin ', Steven introduziu Joey Kramer num magistral solo de bateria de aproximadamente 5 minutos, onde Kramedog interagiu com o público, fazendo um solo de gênio, tocando com, sem baquetas e também com a cabeça. Durante o solo houve uma participação de Steven Tyler, que tocou junto com o baterista e após o fim deu um abraço sincero no companheiro de banda, e passou a imagem a muitos fãs de que a banda esqueceu dos problemas passados. Kramedog não parou por aí, pois a próxima música seria Lord of the Thighs, do álbum Get Your Wings (1974), e por coincidência (ou não) a música favorita do baterista para se tocar ao vivo. Os fãs e grandes conhecedores da banda aprovaram o triunfo apresentado pela banda, e inclusive eu, que estava lá, cantando O clássico da banda. O grande momento da música foi representado pelos solos de Brad Whitford e Joe Perry, fazendo com que os fãs lembrassem dos grandes momentos da banda nos anos '70. Os holofotes estavam apontados para Joe Perry, que teve o seu momento duelando no Guitar Hero contra si próprio, o que fez muitos fãs teens e jogadores do game se empolgarem. Mas não acabou por aí, Joe cantou e tocou Stop Messin' Around, cover do álbum Honkin' on Bobo (2004), alternando solos com Mr. Whitford. Um dos momentos mais marcantes do show foi quando Steven começou a cantar What It Takes, sem o acompanhamento do instrumental da banda, e o público cantando junto com o genial Demon of Screamin', durante esse ''dueto'', Steven demonstrou todo o seu carinho e apreço pelos fãs brasileiros. Após a belíssima balada, um grande momentos esperados do show finalmente havia chegado: Sweet Emotion, clássico inconstetával do rock do álbum Toys in the Attic (1975). Tom Hamilton deu uma aula de baixo, fazendo um solo e representando o clássico que foi escrito por ele (e coescrito por Steven). O público cantou junto cada de segundo de música, até os ''yeah, yeah, yeah'' não escaparam, e Joe Perry levou os espectadores ao êxtase total (pela enésima vez) tocando um instrumento um tanto estranho, mas que soou perfeitamente bem à música. O momento blues estava de volta, agora com a cover Baby Please Don't Go (também do álbum Honkin' on Bobo, de 2004), no qual Steven deu mais uma prova de que é considerado por muitos, o melhor cantor do rock, e claro, tocou a sua querida harmônica, que só acrescentou mais charme à música e levou as garotas ao delírio, que dançavam ao som da música.
Os momentos finais estavam chegando, infelizmente, e a banda não deixou o público resparar com o explosivo clássico Draw the Line (do álbum de mesmo nome, de 1977), mais um momento de euforia dos fãs das ''old shits'' da banda. Joe Perry deu mais uma vez uma aula de guitarra, com solos belíssimos e desconsertantes, e Brad Whitford fazendo o trabalho de guitarrista-rítmico com extrema importância. Com o término da canção, a banda deixou o palco por alguns minutos e muitos ficaram com a grande dúvida: será que eles vão voltar? Mas é claro que sim, e voltaram com grande intensidade ao tocar outro clássico absoluto do rock, Walk This Way, o público acompanhou a música inteira, cantando e com as mãos levantadas, após Steven dizer: ''Put your hands in the air'', o estádio fez uma belíssima coreografia com as mãos levantadas e com as vozes saindo de suas gargantas ao cantar a tão conhecida e querida música. A última música estava por vir, e muitos enganaram-se ao pensar que eles tocariam Train Kept a Rollin', outra surpresa foi presenciada pelos fãs ao ouvirem a bateria esmagadora e os primeiros acordes de Toys in the Attic, outro clássico da banda, um rock direto e sem frescuras. O momento posterior ao clássico foi destinado à introdução da banda e a triste despedida dos mestres do rock, momento este em que os fãs aplaudiram e gritaram a cada nome dos integrantes. O show, que durou aproximadamente 2 horas, tinha terminado, e parecia que o show não tinha passado de meia hora, e o público ficou com a sensação de querer mais uma aula de rock 'n' roll do quinteto americano.
O dia 29 de maio de 2010 ficou marcado na história do rock e de muitos fãs da banda, onde foram proporcionados momentos únicos, que não serão substituídos tão facilmente, e digo por mim, agradeço a todos os integrantes da banda, Steven Tyler, Joe Perry, Brad Whitford, Tom Hamilton e Joey Kramer, por terem realizado o maior sonho da vida: ir ao show da banda que eu mais respeito e aprecio, obrigado pela aula de hard rock que só vocês podem proporcionar. E fica a mensagem de um fã alucinado pela banda ''Não vejo a hora de eles voltarem para o Brasil novamente. Volta logo, Aerosmith!''

3 comentários:

  1. Incrivel...
    senti tudo que você descreveu!

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  2. Nossa, que show. Amei o seu texto.Deve ter sido o máximo até os YEAH YEAH, e todos aqueles gritos e paralisia de alguns, sushuuhsuhsa' :)

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  3. huhsuhauhsu que foda , e que memória
    inveja u.u` hahaha

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